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Esta é uma das questões mais complexas de serem respondidas no campo do Marketing Político. Entretanto, existem três modelos teóricos que se destacam na tentativa de elucidar tal questionamento, são eles: a teoria racional do voto; a teoria da sociologia eleitoral e a teoria psicossociológica.
A teoria racional do voto, baseia-se na explicação econômica da decisão do eleitor. Nela prevalece o tipo micro do individualismo metodológico: em que os indivíduos são racionais e agem intencionalmente, procurando antes de tudo maximizar ou, em algumas versões da teoria, otimizar seus ganhos, como os consumidores no mercado econômico. Nessa perspectiva,o eleitor toma suas decisões relacionadas no máximo retorno que pode obter delas.
Já para a teoria da sociologia eleitoral, a decisão do eleitor é baseada na estrutura do grupo no qual está inserido, pois para essa teoria as pessoas que vivem juntas e em mesmas condições externas teriam inclinação a desenvolver similares necessidades, interesses, experiências, visões e interpretações de mundo. Por isso, votam não apenas com o seu grupo social, mas pelo grupo.
Por fim, a teoria pisicossociológica que, além dos grupos sociais, as atitudes, as percepções e as crenças individuais sobre a política são fatores que determinam as preferências e decisões. Propõe-se um sistema de crenças, coerentemente estruturadas, que não são exclusivamente condicionadas pela inserção do indivíduo em um grupo o que pode explicar porque indivíduos pertencentes a um determinado grupo, votam em discordância com a decisão do grupo inserido.
Isso deixa claro que, classificar a decisão do voto do eleitor em uma escala direita – esquerda mostra-se uma missão difícil se não impossível. A decisão de voto é um fenômeno complexo e pode responder a causas múltiplas.
Entretanto, avanços feitos no comportamento do eleitor com base em sua ideologia decomposta em valores, atitudes e participação social, conseguiram classificar os eleitores nos seguintes eixos: Econômico, Diplomático, Civil e Social, e assim explicar da decisão do voto de uma forma mais abrangente, onde é possível inserir o eleitor em uma determinada dimensão, sem a necessidade o fixar em uma escala direita – esquerda que seria condicionante para seu voto para ser mais coerente.